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Vinho Magazine

Feiras de vinho

A vida virtual incorporou-se ao mundo do vinho. E veio para ficar, nas feiras, compras e degustações…


Por: Zoraida Lobato



A pesquisa Sebrae “O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios” revela que a pandemia do novo coronavírus mudou o funcionamento de 5,3 milhões de pequenas e médias empresas no Brasil, o que equivale a 31% do total dos negócios. Outras 10,1 milhões interromperam as atividades temporariamente”. Entre as empresas que continuaram funcionando, 41,9% realizam agora apenas entregas online. De acordo com o Compre&Confie, o e-commerce brasileiro faturou R$ 9,4 bilhões em abril de 2020, um aumento de 81% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 24,5 milhões de compras online, aumento de 98% em relação a abril de 2019.

No cenário de feiras de negócios, o impacto da pandemia foi avassalador. De acordo com o levantamento da Feiras do Brasil, até o início de junho de 2020, mais de 1.445 eventos tiveram suas datas de realização alteradas, 385 foram adiados sem data prevista e 352 foram cancelados. Com as medidas de isolamento, restrições de público e protocolos que devem ser adotados pós- -pandemia, é imprescindível a criação de novos modelos de eventos, buscando soluções para reunir pessoas e conteúdo, e este caminho passa pelo desenvolvimento de tecnologias.

Em 2020, os principais eventos de vinhos foram cancelados, trazendo prejuizos ainda não calculados. Eventos como as feiras alemãs Prowein e a italiana Vinitaly foram canceladas. E no Brasil a mais importante feira dirigida ao consumidor final, Wine Weekend SãoPaulo Festival e a Wine Trade Fair, esta focada no profissional do vinho, também foram adiadas para 2021.

Como em todo momento de crise, oportunidades aparecem. O que ocorreu foi um despertar de ações online.

O Wine Weekend São Paulo Festival, em menos de 30 dias lançou a primeira feira virtual do Brasil, a wineweekendonline. com.br, quebrando paradigmas, com venda de vinhos a preços promocionais, palestras, lives, e contatos diretos com os expositores, possibilitando uma verdadeira experiência digital aos vistantes. De acordo com diretora da importadora Sicilianess, senhora Ana Salustiano, a feira online trouxe a oportunidade de atender clientes de outras regiões do pais.

As feiras virtuais têm a seu favor menores investimentos, maior área de influência, menores riscos e maior visibilidade. Terão espaço garantido mesmo no retorno à normalidade.

Uma outra modalidade que se mostrou eficiente foram as degustações programadas. A ViniPortugal, entidade que promove o vinho português, reuniu 62 produtores: os participantes podiam comprar um kit com vinhos, participar de lives com os produtores e degustar com os enologos das vinícolas.

Confrarias e grupos de amigos que não podiam se encontrar pessoalmente encontraram no mundo virtual uma forma de degustar um bom vinho. De acordo com Daniel Siqueira, da Confraria dos 13, foi uma forma emocional de superar o momento de isolamento e não deixar de curtir um bom vinho.

Obviamente, os eventos presenciais voltarão, mas o mundo virtual conquistou espaço –e não vai perdê-lo.

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