Roses - confira as notas e preços de 21 excelentes vinhos rosados de todo o mundo e prepare sua adega.
Veja também como são feitos os vinhos rosés e quais as regiões mais prestigiosas
que o produzem.Extremamente versátil à mesa, o vinho rosé é a bebida dos vinhateiros e pode ser feito em qualquer região e com qualquer tipo de uva tinta
Vinho rosado é sempre feito de uvas tintas. Não deveria haver rosés feitos por mistura de vinhos brancos e tintos –essa prática é vetada pela maioria das regulamentações de regiões produtoras de todo o mundo–, exceto os espumantes. Para que fique bem claro, o espumante rosado não é um vinho vinificado em rosé: é uma mistura de vinho tinto e vinho branco. Mas só os espumantes, os tranquilos, de mesa, não.
E como é, afinal, a tal vinificação em rosé? Bem, parte-se sempre a partir de um mosto de uvas tintas, às vezes colhi- das mais verdes do que seria o habitual para a elaboração de vinhos tintos –aqui a ideia é preservar maior frescor, advindo da acidez. Alguns rosados, principal- mente aqueles feitos com uvas colhidas a propósito para a elaboração deste tipo de vinho, têm, portanto, menos alcooli- cidade que um tinto –e até mesmo um branco– de mesmo padrão. Essa característica está ficando no passado: hoje o standard é um nível de álcool ao redor dos 13% em qualquer estilo de vinho.
Para obter um rosé, deixa-se o mosto em fermentação macerar com as cascas, sementes e eventualmente algo de engaços (de onde são extraídos pelo álcool grande parte dos taninos e os elementos corantes) apenas algumas horas, o sufi- ciente para o vinho adquirir um laivo de cor –e muito pouco tanino. Em opinião pessoal, em um rosé, quanto menos tanino, melhor. Ou seja: quanto mais ele se parecer com um branco, tanto melhor. Essa tendência foi estabelecida pelos produtores da Provença, no sul da França, uma das regiões mais dedicadas e famosas pela produção de rosados de alta qualidade no planeta. Há outras, como o Rosé d'Anjou, no vale do Loire, por exemplo.
Mas há vinhos rosados em toda e qualquer região vinícola do planeta, seja ela de clima quente, frio ou temperado. É que a imensa maioria dos vinhos desse estilo são produzidos por sangria, ou seja, servem a um intuito principal ao nascer: concentrar o caldo que vai originar um tinto mais denso, escuro e tânico do que seria sem a remoção de parte do mosto ainda claro. Com a sangria, aumenta-se a proporção de massas para o mosto restante, o que resulta em tintos mais densos. Talvez por isso, os vinhateiros, em suas mesas, tomam vinho rosado.
O vinho mais vendido do mundo foi, durante décadas, o adocicado rosado português Mateus Rosé, há mais de 40 anos. A pecha de “vinho-coca-cola” adquirida nos EUA prejudicou um pouco a imagem dos rosés, mas agora o gosto por esse estilo começa a ser retomado, com produtos de excelente qualidade e que compõem a adega de qualquer expert. A versatilidade à mesa é um ponto alto da classe: acompanham bem qualquer tipo de comida, de peixe a carne.
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