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  • Vinho Magazine

Degustação Cabernet Sauvignon Andino

Atualizado: 31 de ago. de 2022

A cordilheira da Cabernet Sauvignon - A rainha de Bordeaux ampliou seu império por todo o mundo, e encontrou nos vales e encostas dos Andes seu próprio paraíso


Vinhedo na Argentina, com a cordilheira ao fundo


Vista de vinhedo no Vale Central chileno, entre os cactus reinantes na região

A Argentina tem a Malbec, o Chile, a Carménère. Esses países, os maiores fornecedores de vinhos importados ao consumidor brasileiro, fazem bons, até excelentes vinhos com suas respectivas uvas emblemáticas. Mas ambas, Malbec e Côt, são uvas secundárias em Bordeaux, a pátria-mãe de todas elas. Por lá, quem manda é a Cabernet Sauvignon. E a situação também se reproduziu nos espetaculares terroirs das encostas e vales andinos, a leste e a oeste da longilínea cordilheira dos Andes. Apesar dos intensos apelos mercadológicos, é da Cabernet Sauvignon que provêm os melhores varietais chilenos e argentinos. Bem, além dos vinhos cortados (de blend ou assemblage), naturalmente.

Nesta degustação, reunimos 22 amostras de tintos de relação custo/benefício espetacular.

Bagos miúdos e apertados, cachos longos e folhas bem recortadas

Alguns com grandes notas e qualidades impressionantes. O que revela a qualidade dos Andes para a produção dessa uva.

É óbvio que há centenas, talvez milhares de microclimas nessa vasta área, com altitudes, ventos e insolação diferenciados, mas a Cabernet Sauvignon se adaptou maravilhosamente por ali, tanto na Argentina, na macrorregião de Mendoza, que inclui Luján de Cuyo e Vale do Uco, quanto no grande Vale Central do Chile, composto pelos vales do Maipo, Maule, Curicó e Rapel (que se divide em Colchagua e Cachapoal).

A uva Cabernet Sauvignon é uma das tintas mais importantes do mundo, provavelmente a número 1 em difusão e no número de bons vinhos que produz mundo afora. É uma fruta de colheita tardia, exigindo climas de verão ensolarado, quente e seco. Quando atinge sua maturação completa, rende vinhos

Ezequiel Fadel, da mendocina Bodega La Azul

encorpados, vermelhos, estruturados, de intensa alcoolicidade e de corpo médio, e sempre

com forte carga aromática e tânica. É injustamente acusada de entregar aromas e sabores herbáceos, o que só acontece quando é colhida longe de seu ponto ideal de maturação, mesmo que verdolenga apenas em parte da vindima. No Chile, entretanto, o descritivo de aromas de eucalipto e resina vegetal é recorrente. Segura bem, muito melhor que Malbec e Carménère, por exemplo, o estágio em barricas de carvalho e o amadurecimento longo em garrafa.

Veja as notas dos 22 produtos das encostas e vales da mais extensa cordilheira do mundo e escolha. Bons goles.







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